sexta-feira, 7 de março de 2014

A solidão que dói e mata

Hoje depois  de  ler este post http://centroparoquialgondar.blogspot.pt/2014/03/cuida-de-mim-que-eu-nao-cuidarei-de-ti.html,  não pude deixar de pensar como é enorme o desamor com que se trata quem nos dedicou toda uma vida. As desculpas são muitas, o egoismo é sem dúvida, na maioria dos casos, a maior de todas. A dor da solidão é tão intensa, em tantos casos, que  terminar "a viagem" é o que mais se anseia.




"Hoje são eles, amanhã poderemos ser nós"

Vale a pena pensar nisto

Beijos e abraços



5 comentários:

  1. Portugal é o país onde se trata pior os velhos. Tenho um caso de um tio que viúvo sem filhos, que teve um avc, fomos buscá-lo ao hospital para se recuperar em nossa casa, no entanto como tinhamos de comprar uma cama e organizar as coisas, e por vontade dele também que ainda não se sentia bem, quriamos que passase o fim de semana no hospital e iamos buscá-lo na segunda. Pois o médico insistia que não, que não podia ser, que as coisas não funcionavam assim e nós já sem perceber nada. Finalmente o meu marido percebeu: o médico tinha medo que não voltassemos para o ir buscar, pelos vistos existem muitos idosos que são abandonados no hospital. Compreendo algumas situações, pessoas que não se podem dar ao luxo de deixar de trabalhar para tomar conta de uma pessoa doente, agora não percebo gente que tem dinheiro, mas simplesmente não querem esse encargo. acho que este país tem cada vez mais em crise mas é de valores e não de dinheiro.

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  2. Concordo contigo, se a crise de valores não fosse tão grande, a de dinheiro não teria tanta importância.
    Infelizmente, no nosso país, não se olham os velhos com o devido respeito pela sua vivência e sabedoria. Os velhos são pedaços de cultura que não deviam, de modo algum, ser descartados, antes pelo contrário, deveriam ser acarinhados pelo que já nos deram e pelo conhecimento que nos transmitem.
    Pegando num pouco do teu comentário, eu acho que por vezes quem melhor vive é quem menos se esforça para tomar conta dos seus velhinhos. Eles acabam por ser um empecilho para derterminadas vidas habituadas a mordomias egoistas. Nestes casos os lares de idosos, longe da vista e do coração, são os lugares eleitos.

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  3. Não consegui ler o post de que falas, o link não funcionou, mas é verdade, e triste ver os nossos velhos tristes e abandonados...

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  4. Eu por vezes sinto que fiz um pouco isso com a minha mãe, por ela estar no lar, mas a verdade é que não conseguia fazer diferente, ela uma escolha entre mim e a minha família ou ela.
    Mas nem sempre eles são tratados da melhor forma.
    Beijinhos

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  5. Não sintas isso Rosinha, nem todos podemos tomar conta deles. Os meus, se dependessem só de mim, também estariam muito tempo sós porque a vida e a distânica não me permite estar mais presente. Cada caso é um caso e se é fácil julgar em alguns casos, noutros não! Eu sempre que posso estar com eles e dou-lhes o mais de mim. Telefono-lhes com muita frequência para saber notícias e para conversar de tudo e de nada, mas há muitos casos que nem isto acontece.
    O que mais me custa é haver pessoas que abandonam quem tanto amor e afeto lhes deu e mesmo não trabalhando e tendo dinheiro os descartam como se não tivessem qualquer significado!
    Beijinhos

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